IV Encontro de Educação do Campo
III Semana de Educação Musical e Artes Visuais na Educação do Campo
II Encontro da Escola da Terra
17 a 19 de Abril de 2024 - Universidade Federal do Tocantins - Arraias
Durante três dias estaremos discutindo assuntos relacionados à educação do campo
IV ENCONTRO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO DA UFT - ARRAIAS
SIMPÓSIO 3
SIMPÓSIO TEMÁTICO 3
Título: História, Educação no Campo e Territorialidades: um diálogo entre as ciências humanas e os movimentos sociais nas temporalidades do campo
Coordenadores: Dr. Alexandre de Paula Meirelles (Seduc/TO); Dr. Luiz Felipe Cezar Mundim (UFT)
Resumo: Pretendemos com este Simpósio Temático criar um espaço de diálogo em torno do campo das ciências humanas, em sua diversidade, dedicado às pesquisas e relatos de experiências nos mais diversos temas sobre as relações de poder entre o campo e o Estado, com o intuito de reunir pesquisadoras e pesquisadores interessados em refletir e debater sobre as diferenças e desigualdades políticas, econômicas e sociais e suas formas de expressão no tempo e no espaço. Nesse sentido, o ST está aberto ao recebimento de pesquisas em estágio inicial de alunos de graduação, de Iniciação Científica, de mestrado e doutorado – concluídas ou em andamento – que abordem essa questão a partir de temas como: questão agrária no Brasil; território e territorialidades; movimentos e protestos sociais; luta por direitos; identidades e memórias coletivas; classe, racismo e relações de gênero; relações de trabalho; formas de trabalho livre e não livre; cultura e tradição no campo; educação e relações de poder; políticas públicas de educação do campo. Nossa proposta procura se conectar à agenda política e científica atual, nesses tempos de crise mundial gestada desde fins do século XX. A queda dos regimes comunistas, o triunfo do neoliberalismo e o aparecimento de teses que vaticinavam o fim da história ajudaram a desenhar, nos anos 1990, um cenário de incertezas com relação às possibilidades de ascensão social e conquista da cidadania. As duas décadas do século XXI parecem confirmá-lo na medida em que as desigualdades estruturais do capitalismo global se aprofundam em diferentes regiões de norte a sul. Líderes populistas que ascenderam ao poder pelo voto popular, a globalização das trocas econômicas e a aceleração das comunicações via internet têm fragilizado a democracia liberal e o regime dos partidos políticos. Ao mesmo tempo, é notável a propagação de discursos racistas e xenofóbicos e a emergência do negacionismo como força político-ideológica. Há, portanto, nesse espaço de experiência, elementos suficientes para estimularmos reflexões teóricas, políticas e culturais que retomem e repercutam a centralidade do trabalho, dos direitos e das lutas das classes subalternas, em especial dos povos do campo.